Revide - Nosso bairro, nossa história: Vila Tibério #1
Conheça a história e as curiosidades da Vila Tibério, em Ribeirão Preto
Olá!
Sejam bem-vindos ao projeto "Nosso bairro, nossa história" da revista Revide. Todo mês iremos resgatar a história de algum bairro da cidade, dando voz às lembranças, às curiosidades e às emoções dos próprios moradores.
O local escolhido para começar o nosso passeio por Ribeirão Preto foi a Vila Tibério.
Boa leitura!
Vila Tibério: um bairro, muitas histórias
Nascida no final do século XIX, a Vila Tibério tem o charme da arquitetura moderna e o carisma da sua gente
Com uma população estimada em 32.655 habitantes (IBGE-2010) e localizado entre os bairros Sumarezinho (ao norte), Jardim Antártica (ao noroeste), Vila Virgínia (ao sul) e Campos Elísios (ao nordeste), a Vila Tibério pode ser considerada uma “extensão do Centro”, que nasceu e se desenvolveu no final do século XIX, depois da doação de terras desmembradas da Fazenda Monte Alegre, feita por João Franco de Moraes Octávio ao genro, Tibério Augusto Garcia de Senne, agrimensor que dá nome ao bairro.
Tibério dividiu o terreno herdado em várias chácaras (algo próximo à medida de um ou dois quarteirões atualmente) e começou a vender essas glebas, principalmente, a ferroviários e italianos que chegavam ao Brasil. Eles, por sua vez, dividiram essas terras em lotes menores e revenderam a trabalhadores, dando origem ao tradicional bairro operário.
O crescimento da Vila Tibério se deu sustentado pela inauguração da Estação de Ribeirão Preto da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1885) e da cervejaria da Cia. Antárctica Paulista (1911) — que atraíram operários; pela transferência das atividades industriais do Banco Constructor para galpões no bairro (1912); entre outros empreendimentos. Veja todos neste link.
O “antes” (imponência no meio do mato) e o “depois” (decadência e puro mato) da Companhia Antarctica Paulista, referência de uma época na Vila Tibério
Com estes pilares, a Vila Tibério se fortaleceu e passou a atrair novos empreendimentos, como fábricas de sapato, de vidro, de cerâmica, pequenas indústrias, armazéns e bares.
“A proximidade com o centro da cidade, com a linha férrea e com as fazendas de café atraiu as indústrias que, por sua vez, atraíram operários, principalmente italianos, que abandonavam as colheitas de café em busca da vida urbana. Assim se deu a expansão da cidade para a região oeste (até 1920) e o antigo Barracão (sede urbana do Núcleo Colonial) acabou se unindo à Vila Tibério”, explica Cláudio Gonçalves da Silva Neto, antigo morador, professor e pesquisador da história do bairro.
Trechos da História
Alguns pontos da Vila são referência nessa história escrita em três eixos do tempo: séculos XIX, XX e XXI, e que começa selada por uma porteira que, no início do século XX, era a única passagem para o centro da cidade. Era fechada em determinado momento do dia, deixando o bairro totalmente isolado.
Simplesmente, ninguém entrava ou saía até sua reabertura no dia seguinte. A porteira da Mogiana ficava onde hoje se encontra a rua Luiz da Cunha. A fábrica da Cia. Antárctica é uma das referências mais fortes na vida dos tiberenses.
O Botafogo é uma história à parte na história da Vila. Fundado em 12 de outubro de 1918, o time nasceu da união de três clubes de futebol do bairro: União Paulistano, Tiberense e Ideal Futebol Clube.
Estádio Luis Pereira (Botafogo), na Vila Tibério, dos áureos tempos ao abandono
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Vila Tibério: Gastronomia 🍝🥗
Conheça os principais lugares para comer bem na Vila Tibério. Clique neste link e bom apetite!
Pessoas 🙋🏻♂️🙋🏾♀️
Conheça algumas das personalidades da Vila Tibério
João Mello
Filho da dona Edith, costureira, e de Manuel Rodrigues, sapateiro, João Mello Rodrigues, de 62 anos, pai de dois filhos e avô de três netos, nunca deixou morrer a paixão pelo Cinema. Foi cinegrafista, operador de VT e iluminador. Montou o Cine Bristol em Monte Azul Paulista, abriu o Cine Arte Anglo, atuou no Cine COC e abriu seu próprio cinema — o Cine Belas Artes —, que funcionou alguns anos na rua Lafayette.
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Adilson de Souza Fernandes
Como muitos outros moradores e empresários da Vila Tibério, Adilson de Souza Fernandes é descendente de italianos que vieram para o Brasil fugindo da guerra, em busca de oportunidades. O pai era operário da Mogiana, nasceu, cresceu e se casou na Vila, assim como ele, que começou como office boy em uma madeireira e virou dono.
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Fernando Braga
Precisando saber de algo sobre a Vila Tibério, é só falar com ele. Filho de Dirce, cabeleireira conhecida na Vila Tibério, e Ildefonso, o ‘Nini’, comprador de gado, Fernando Braga é pai de três filhos e avô de três netos. Nasceu, cresceu, casou, mudou de cidade, separou e voltou para a Vila e assim lá se vão mais de 40 anos de relação afetiva com o bairro.
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Daniel Aparício Rasteiro
Nascido na Vila Amélia, quase uma extensão da Vila Tibério, o pároco Daniel Aparício Rasteiro cresceu pelo bairro, brincando, estudando e participando das atividades paroquiais no Santuário Nossa Senhora do Rosário, onde foi batizado, crismado, ordenado — em 06 de abril de 2013 — e atuou como vigário, até ser nomeado pároco-reitor, em 15 de janeiro de 2015.
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Até mais!